Lula retoma quimioterapia e doença será explorada politicamente para salvar Fernando Haddad

(Foto: Hélvio Romero - Agência Estado)
Caso pensado – Logo após Luiz Inácio da Silva ter recebido o resultado laboratorial que indicava a presença de um tumor na laringe, a tropa cibernética do Partido dos Trabalhadores entrou em ação para criticar com veemência a imprensa brasileira, que na opinião dos amestrados invadia a intimidade do ex-metalúrgico ao fazer plantão diante do prédio em que mora, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Não demorou muito para a mesma horda adotar um obsequioso silêncio, reflexo de ordens superiores, pois a exploração política da doença de Lula interessa ao PT e seus caciques, uma vez que é preciso dar continuidade ao projeto de poder do partido e principalmente camuflar a herança maldita deixada pelo ex-presidente.

Nesta segunda-feira (12), Lula voltou ao Hospital Sírio-Libanês para a terceira e última sessão de quimioterapia. Em janeiro os médicos iniciarão as sessões de radioterapia, o que pode comprometer sobremaneira a resistência do paciente. Sorridente, o petista chegou ao hospital acompanhado de assessores e foi recebido pelos médicos que o acompanham no tratamento.

Desavisada, a imprensa desceu a detalhes pífios na cobertura da estada de Lula no hospital, que deve durar até terça-feira (13). Entre as desnecessárias informações surgiu a de que Lula trajava uma camisa vermelha. Trata-se de estratégia política esculpida com a devida sordidez e antecedência, especialmente porque o candidato de Lula à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, apareceu na pesquisa Datafolha com ínfimos 4% de intenção de voto. Sem contar que a pesquisa apontou nas entrelinhas que Lula não consegue manter suas pretéritas qualidades de cabo eleitoral.