Pressão total – Deputado federal pelo PSDB do Paraná, Fernando Francischini protocolou terça-feira (13), na Procuradoria-Geral da República, pedido de investigação do governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz, e outras oito pessoas, entre elas os irmãos, um cunhado e a mãe do governante, suspeitos de enriquecimento ilícito e envolvimento em atos de corrupção, segundo o parlamentar.
Além da investigação, Francischini requereu a decretação da prisão preventiva de Agnelo Queiro e do seu irmão Ailton, a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos acusados e o bloqueio judicial dos bens dos mesmos.
Agnelo Queiroz é alvo de denúncias de participação em um esquema de desvio de verbas do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. A edição desta semana da revista IstoÉ traz reportagem que levanta suspeitas de enriquecimento ilícito de Agnelo e parentes. O patrimônio da família, segundo a revista, cresceu mais de R$ 10 milhões em três anos, valor que seria incompatível com a renda do governador e dos parentes dele.
A representação de Francischini foi entregue ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem cabe decidir se encaminha a denúncia e o pedido de prisão do governador ao Superior Tribunal de Justiça, que tem atribuição de julgar atos dos governadores.
Perdido politicamente desde que deixou o poder central, o PSDB encontra dificuldades para se firmar como âncora de uma oposição pífia, que nos últimos anos ganhou notoriedade como usina de denúncias e catapulta de ministros acusados de irregularidades. Não se trata de compactuar com supostos atos de corrupção no Distrito Federal, mas é preciso destacar que o pedido de Francischini surge dias depois do lançamento de um livro que coloca no olho do furacão o ex-governador José Serra, eventual candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo.
Diferentemente do que pensam os adversários do Palácio do Planalto, o Brasil precisa de uma oposição republicana e responsável, o que permitiria ao País avançar rumo ao futuro de forma objetiva e séria. Arma covarde utilizada pelo PT enquanto oposição, o denuncismo foi duramente condenado pelos oposicionistas de agora. Em outras palavras, a incoerência continua emoldurando a política nacional, para o desespero dos brasileiros.
Em nota enviada ao ucho.info, o governador do Distrito Federal rebate as acusações que constam da reportagem, classificadas como “mentiras grosseiras e sem relação com a realidade”.
Confira abaixo a íntegra da nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social
“De todas as tentativas criminosas de atacar a imagem do governador Agnelo Queiroz, esta é a mais irresponsável e repugnante, ao desrespeitar seus familiares, e principalmente sua mãe, com mentiras grosseiras e sem relação com a realidade.
A reportagem sonega informações esclarecedoras, descumprindo o dever jornalístico, ao construir um texto mal intencionado e mentiroso, que está a serviço de um consórcio criminoso. Usa falsos fundamentos que escandalizam pela falta de ética jornalística.
A matéria traz valores irreais de renda e patrimônio. O governador Agnelo Queiroz repudia a invasão à vida de seus familiares como forma de ataque político, em ação sem escrúpulos.
A revista e o repórter serão processados.
A matéria está a serviço da velha conspiração contra a renovação dos costumes políticos no DF. Mais uma tentativa de forjar uma denúncia que vai ser desmascarada.”