Volta do feriado de Ano Novo foi marcada por atrasos e cancelamentos nos aeroportos

Paraíso da confusão – Meses depois de a FIFA anunciar o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, externou sua preocupação com o caos reinante nos aeroportos do País. Na ocasião, o então presidente Luiz Inácio da Silva, de forma transversa e inominada, chamou Valcke de “idiota”. Lula prometeu investimentos da ordem de aproximadamente R$ 5 bilhões para a reforma e ampliação e reforma dos aeroportos brasileiros, mas até agora muito pouco foi feito.

Para provar que a preocupação de Jérôme Valcke era procedente, os aeroportos verde-louros causaram consideráveis transtornos aos passageiros no retorno do feriado de Ano Novo, em especial nos terminais de Brasília e Rio de Janeiro. De acordo com a Infraero, dos 2.399 voos programados para até as 19 horas de segunda-feira, 2 de janeiro, 560 registraram atrasos (23,9%) e 146 foram cancelados (6,2%).

No aeroporto Tom Jobim, o velho Galeão, 53,1% das 160 partidas previstas sofreram atrasos. O aeroporto Santos Dumont, famoso pela ponte aérea Rio-São Paulo, foi fechado de manhã e à noite e operou por instrumentos durante boa parte do dia. Tal situação provocou atrasos em 42% dos voos e cancelamentos em 31,9%. No aeroporto Juscelino Kubitscheck, em Brasília, os atrasos chegaram a 40,6%.

De tal modo, não é difícil imaginar o que poderá acontecer nos aeroportos durante a malfadada Copa do Mundo. Sempre lembrando que Jerome Valcke será incensado à condição de profeta do apocalipse.