Dezenas de mortos por causa das chuvas, mas Gleisi Hoffmann diz que governo agiu em tempo

Enganação oficial – Definitivamente mentir tornou-se o verbo mais conjugado no Palácio do Planalto desde a chegada do histriônico Luiz Inácio da Silva ao poder central. Sucessora do ex-metalúrgico Lula, a presidente Dilma Vana Rousseff parece não se incomodar com a mitomania que marca a fala de ministros e assessores. Após reunião palaciana que resultou na criação de força-tarefa para socorrer as cidades do Sudeste atingidas pelas chuvas, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, negou que o governo esteja agindo tardiamente. Gleisi afirmou que alguns ministérios, a começar pelo de Ciência e Tecnologia, têm atuado na prevenção de acidentes.

A ministra pode dizer o que bem quiser, mas suas palavras tornam-se inócuas e nada verdadeiras diante da informação que até agora onze pessoas morreram em Sapucaia, no Rio de Janeiro, em decorrência das chuvas. Fora isso, milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, em Minas Gerais, por conta das inundações provocadas pelo rompimento de rodovia federal, que sem condições técnicas funcionava como dique.

Enquanto o Palácio do Planalto tenta jogar uma cortina de fumaça sobre o tema, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), afirma que conta com o apoio da presidente Dilma. O objetivo da blindagem palaciana a Fernando Bezerra passa pelos interesses da presidente, que não quer perder o apoio do PSB no Congresso Nacional e por isso não pode demitir o ministro.

Em um país minimamente sério, com um governo ligeiramente responsável, Fernando Bezerra, que privilegiou o estado de Pernambuco com verbas federais contra enchentes, já estaria demitido. Fosse na Ásia, o ministro já teria se suicidado diante das câmeras de televisão. Como disse certa vez o então presidente Lula, “nunca antes na história deste país”.