No tribunal – Passageiros que estavam no Costa Concordia, navio que naufragou no último final de semana na costa italiana da região da Toscana, ingressaram na Justiça com processo judicial contra a empresa Costa Crociere, proprietária do transatlântico. A ação foi ajuizada nesta terça-feira (17) pela Associação de Consumidores Italianos. Mais de 70 passageiros que estavam no navio adeririam imediatamente à ação coletiva por danos morais e materiais.
Segundo a associação, o objetivo é que cada passageiro obtenha uma indenização de pelo menos 10 mil euros. A ação foi apresentada ao Tribunal de Gênova e precisa ter sua admissibilidade declarada por um juiz da Corte, o que poderá demandar alguns meses.
Caso a ação seja aceita, os passageiros – italianos ou estrangeiros – terão até 120 dias para se juntar ao processo. A apresentação da ação também pode levar a empresa proprietária do navio tentar um acordo extrajudicial, assunto que conta com a participação de uma companhia seguradora.
No momento do trágico acidente o Costa Concordia levava mais de 4,2 mil passageiros, sendo 56 brasileiros, e naufragou próximo à Ilha de Giglio, na Toscana. Onze pessoas morreram e 24 estão desaparecidas, a maioria, alemã.
O presidente mundial da Costa Crociere, proprietária do navio, acusou o capitão Francesco Schettino de optar por uma rota não autorizada, a embarcação a se aproximar da costa muito mais do que o permitido. Além disso, Schettino é acusado de abandonar o transatlântico sem prestar auxílio aos passageiros durante o resgate.
Pouco antes de os socorristas encontrarem os cinco corpos nesta terça-feira, a Defesa Civil havia anunciado as nacionalidades de 29 desaparecidos no naufrágio: Alemanha (14), Itália (6), França (4), Estados Unidas (2), Índia (1), Peru (1) e Hungria (1). São 25 passageiros e quatro tripulantes.