O céu é o limite – Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), saltou para 0,65% em janeiro, após subir 0,56% em dezembro, informou nesta terça-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em doze meses, o índice acumula alta de 6,44%. Em janeiro de 2011, o IPCA-15 alcançou a marca de 0,76%.
Entre os grupos de despesas pesquisados pelo IBGE, a variação do índice relativo aos transportes subiu 0,79%, sendo o principal responsável pela aceleração do IPCA-15 na comparação com o mês anterior. De acordo com o IBGE, influenciou no resultado o reajuste das tarifas dos ônibus urbanos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte e dos ônibus intermunicipais em várias regiões do País.
Também prejudicou o índice a variação dos preços de alimentos, mesmo com a queda de 1,28% em dezembro para 1,25% em janeiro. “Com isto, o IPCA 15 de 0,65% teve 0,44 ponto percentual de impacto dos dois grupos, o que significa 68% do índice”, informou o IBGE em nota.
Em janeiro, como sempre acontece ao longo do ano, a vilã no grupo alimentação foi a refeição fora de casa, cuja taxa ficou em 1,63% em janeiro, após subir 1,13% em dezembro. No período, subiram de preço o lanche (de 1,57% para 1,42%), refrigerante (de 1,06% para 1,37%) e cerveja (de 1,18% para 1,27%).
Já o grupo habitação manteve a taxa de dezembro, de 0,54%. Em alta seguem o aluguel residencial (de 0,71% para 1,33%), condomínio (de 0,74% para 0,70%), taxa de água e esgoto (de 0,00% para 0,13%).
Na contramão dos outros grupos, tiveram desaceleração das taxas de variação os grupos vestuário (de 1,10% para 0,19%), artigos de residência (de 0,05% para – 0,68%) e despesas pessoais (de 0,74% para 0,55%).
O mais estranho nesse cenário é que as autoridades econômicas do governo da presidente Dilma Rousseff continuam afirmando que a inflação está sob controle, ao mesmo tempo em que nenhum petista ousa falar sobre a herança maldita deixada aos brasileiros pelo messiânico Luiz Inácio da Silva.