Greve da PM baiana avança em cidades do interior do estado e população já sofre com arrastões

Caos instalado – Governador da Bahia, o petista Jaques Wagner terá de apelar a todos os santos de sua terra natal após regressar de viagem ao exterior, a convite da presidente Dilma Vana Rousseff, para encontrar uma solução para a greve da Polícia Militar. Durante a viagem, Wagner foi informado sobre o movimento da corporação, com quem há meses o governador vem litigando por causa de salários.

Jaques Wagner mal havia retornado da viagem a Cuba, quando a Polícia Militar do estado decidiu reforçar a segurança em alguns municípios baianos, como Feira de Santana e Ilhéus, que nas últimas horas viveram momentos de tensão por conta dos seguidos arrastões.

Em Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador, o prefeito solicitou ajuda do Exército e reforçou o patrulhamento feito pela guarda municipal. Moradores do local informam que por conta dos arrastões, muitos estabelecimentos comerciais estão fechados para evitar saques. Fora isso, Feira de Santana está sem transporte coletivo, o que potencializa o clima de tensão na região.

Na manhã desta quinta-feira, a 6ª Vara da Fazenda Pública, em liminar expedida pelo juiz Ruy Eduardo Brito, considerou ilegal a paralisação de parte dos policiais militares baianos. Brito determinou a imediata retomada do trabalho por parte dos filiados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia, que decretaram greve, sob pena de, no caso de descumprimento da ordem judicial, incorrer em multa de R$ 80 mil.