Sem perdão – O paulistano que se prepare, pois as próximas horas serão marcadas por discursos esdrúxulos e desconexos de Gilberto Kassab, prefeito da mais importante cidade brasileira e a sexta maior do planeta. Na tarde desta terça-feira (7), a capital dos paulista foi alvo de repentina e forte chuva, que provocou alagamentos e vários pontos da cidade e patrocinou a queda de árvores.
Em diversas vias o trânsito foi interrompido, enquanto em outras a circulação de carros está comprometida por causa dos alagamentos. Às 18h20 desta terça, o Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura paulistana registrava dezesseis pontos de alagamento em toda a cidade, sendo cinco deles intransitáveis. Considerando a intensidade da chuva, o número de alagamentos deve aumentar rapidamente.
Repetindo o que acontece anualmente, as autoridades, cientes dos problemas provocados pela força das chuvas, deflagram as operações para evitar o caos semanas antes do início da temporada de precipitações celestiais, como se a natureza pudesse esperar a conclusão das obras. Para piorar, segundo apurou a reportagem do ucho.info, somente na Vila Mariana, bairro de classe média da Zona Sul da cidade de São Paulo, foram registradas doze quedas de árvores.
Durante meses a fio, em 2011, Kassab deu as costas aos problemas da cidade e se dedicou à criação do PSD, partido que serviu como refúgio para os dissidentes do Democratas. Nesse período, a cidade de São Paulo ficou entregue a uma equipe de assessores cuja competência está sendo testada por São Pedro.
Mesmo estando à frente da administração de uma cidade complexa como São Paulo, Gilberto Kassab, do alto de sua soberba, encontra tempo para definir os rumos do PSD nas eleições municipais de outubro deste ano. No momento em que as pesquisas de opinião apontam a aprovação de sua administração na casa dos 20%, Kassab sempre encontra uma desculpa para desqualificar os números. Quando a força das chuvas se faz presente nas ruas e avenidas da cidade, é possível perceber que os paulistanos têm motivos de sobra para ver Kassab naufragar politicamente.
