Um dos mais movimentados aeroportos do País, Congonhas, em SP, está a um passo da inviabilidade

Além do limite – Horas depois do fim do leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, o governo federal, por meio do ministro Guido Mantega (Fazenda), informou que o dinheiro a ser recebido pela União irá para outros aeródromos do País.

Se o que o ministro Mantega anunciou acontecerá não se sabe, mas fato é que os palacianos não têm motivos para comemorar os resultados do leilão, pois outros aeroportos brasileiros há muito ultrapassaram com folga os limiares do caos, sem que o governo tenha tomado qualquer providência para solucionar o problema que só cresce. Ampliar dos aeroportos não significa aumentar a capacidade de operações de pouso e decolagem ou ampliar a área de embarque, mas garantir a infraestrutura necessária para que a aviação comercial exista por completo e de forma minimamente coerente.

Um dos mais problemáticos aeroportos do País, Congonhas, na Zona Sul da cidade de São Paulo, é sinônimo de saturação. Às 14h20 desta quinta-feira (9), o estacionamento do aeroporto paulistano tinha apenas seis vagas disponíveis. É verdade que qualquer estacionamento vive da rotatividade, mas meia dúzia de vagas livres é nada se considerarmos o movimento de carros que existe no aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do País.

Que circula pelo estacionamento do aeroporto logo percebe que a situação é muito pior do que parece. Espaços reservados para a circulação dos veículos foram transformados em vagas, o que muitas vezes dificulta as manobras e aumenta a chance de um acidente dentro do estacionamento. Há carros estacionados nas rampas de saída e em locais proibidos, mas a administração do estacionamento nada faz, além de cobrar verdadeiras fortunas daqueles que sem alternativa são obrigados a se submeter a preços absurdos.

Messiânico, Luiz Inácio da Silva deixou o governo na condição de mago do virtuosismo, apenas porque arremessou de maneira irresponsável 39 milhões de novos consumidores na chamada classe média. Incentivar a economia é o sonho de qualquer governante, mas quando isso acontece sem qualquer planejamento transforma-se em tiro pela culatra.