Corte de R$ 55 bilhões no orçamento anunciado pelo governo faz do Ministério da Saúde a maior vítima

Faca amolada – Sob a batuta do messianismo de Luiz Inácio da Silva, o Brasil se transformou em paraíso das contradições. Quando a crise financeira internacional de 2008 apontou sua proa na direção da Terra de Macunaíma, Lula, sempre embalado por chistes e profecias baratas, disse que por aqui a turbulência econômica seria uma marolinha. Não foi esse o desempenho da crise em terras brasileiras.

Decidido a eleger sua sucessora, o ex-metalúrgico lançou programas ufanistas, como PAC, cujas obras patinam na incompetência do Estado. Eleita Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto anunciou que o Brasil passaria ao largo da crise econômica que chacoalha a Europa. Ministro da Fazenda, Guido Mantega disse, em 2010, que o País sairia ileso. Logo após reunião político-ministerial com a presidente Dilma, o petista Mantega disse aos jornalistas que o Brasil continuará remando contra o cenário mundial, como se aqui fosse uma usina de varinhas de condão.

Enquanto falava aos veículos de comunicação que cobrem o cotidiano do Planalto, Guido Mantega era informado sobre os cortes que seriam anunciados pelo governo federal. Nesta quarta-feira (15), Mantega e Miriam Belchior, ministra do Planejamento, anunciaram um corte de R$ 55 bilhões no orçamento de 2012. E eis que a ilógica ocupou a cena oficial. A pasta que mais sofreu com o corte anunciado foi a da Saúde, que neste ano terá R$ 5,47 bilhões a menos. Em segundo lugar na lista de cortes orçamentários está o Ministério das Cidades, que alvo de contingenciamento de R$ 3,32 bilhões. Na sequência vem o Ministério da Defesa, com corte de R$ 3,31 bilhões no orçamento anual.

Dez entre dez brasileiros sabem da real situação da saúde pública, que um dia Lula ousou afirmar que estava a um passo da perfeição. Mesmo assim, os gênios que frequentam a Esplanada dos Ministérios decidiram cortar verbas justamente do Ministério da Saúde. Enquanto a guilhotina orçamentária funciona a todo vapor em Brasília, os petistas palacianos em nenhum momento pensam em desaparelhar a máquina federal, que já conta com 22 mil cargos de confiança, marca que jamais foi superada e que contraria o discurso de rigor fiscal balbuciado por Dilma Rousseff.