Ladrões levam a melhor em São Paulo, a população entra em pânico e muitos querem deixar a cidade

Terra sem lei – Sem ação efetiva por parte das autoridades de segurança pública, a cidade de São Paulo, a principal do País e a sexta maior do planeta, continua refém dos marginais. O silencioso pânico que se instalou na população é preocupante. Quem tem condições fala em deixar a capital dos paulistas em busca de uma vida mais tranquila e menos insegura.

Não faz muito tempo, o governador Geraldo Alckmin conseguiu espaço em alguns veículos de comunicação para divulgar os números da segurança pública de 2011. Na ocasião, Alckmin comemorou a redução do número de homicídios, mas não foi Afinal, até mesmo no mundo do crime a necessidade não tem limites.

O medo que tomou conta de muitos paulistanos encontra justificativa na onda de arrastões que se espalha pela cidade. Condomínios e residências tornaram-se alvo fácil para a ação dos bandidos. Entre a tarde da última quarta-feira (22) e a madrugada desta sexta-feira, três arrastões foram registrados na cidade. Um restaurante e um edifício residencial no Itaim Bibi e uma lanchonete nos Jardins – ambos bairros nobres – sofreram arrastões. Para que a semana não ficasse incompleta, uma loja na tradicional Rua Augusta, também nos Jardins, foi palco de tentativa de assalto que terminou com uma pessoa esfaqueada. Em todos os casos, bases da polícia ou delegacias estavam próximas do local de ação dos bandidos.

Outra modalidade de crime que assusta é o roubo e furto de automóveis. Agindo à qualquer hora do dia ou da noite, marginais levaram em 2011, a cada hora, nove carros na capital dos paulistas. O número sobre para 21 carros roubados ou furtados por hora quando se toma o estado de São Paulo como base de análise.

No contraponto da deliberada escalada da marginalidade, as autoridades agem por força de ofício, mas nos bastidores admitem que não há muito o que fazer. Alegam que a estrutura policial está desgastada e que a lei beneficia os criminosos. Desanimados, alguns policiais afirmam que o combate ao crime em São Paulo é algo parecido como “enxugar gelo”.