Confusão armada – Menos de 24 horas após a Rede Globo informar que garantiu os direitos de transmissão das próximas duas edições da Copa do Mundo (2018 e 2022), a principal concorrente e desafeta da emissora carioca, a Rede Record, veio a público para discordar da decisão da FIFA e anunciar que pretende recorrer à Justiça.
Em comunicado, a direção da rede televisiva controlada pelo bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, afirma estar surpresa com decisão da entidade máxima do futebol mundial em prorrogar os direitos “sem qualquer licitação”.
“A Record foi informada em 2010, logo após o término da Copa do Mundo, pelo diretor de TV da FIFA, sr. Niclas Ericson, de que haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos pela FIFA em 2018 e 2022, conforme provam e-mails trocados entre executivos da Record e a FIFA.”
A emissora de Edir Macedo alega que o acordo com a Globo foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira ser consultada. “É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido ‘fora do horário comercial’, sem ser à luz do dia e de forma transparente”, destaca a Record
Também sobraram críticas à concorrente, que, como diz a Record, “gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo”, mas, “em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora”.
A emissora da família Marinho transmite os Mundiais desde 1970 e é dona da Copa de 2014. Para ceder o direito de transmissão dos jogos da Copa de 2014 às emissoras de rádio, a Globo está exigindo um pagamento de US$ 850 mil para cada veículo.
Para justificar a decisão da FIFA, o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, disse que “a força da Globo na distribuição por um território vasto como o do Brasil assegura que o torneio possa chegar a um número de pessoas tão grande quanto o possível. Isto foi determinante para nossa escolha de estender o acordo com a Globo”. Ou seja, conversa mole para ludibriar apenas os incautos.