Amigo de Alckmin é assaltado em SP e telefona ao ucho.info para reclamar do governador

Terra sem lei – Segurança pública é um direito do cidadão e um dever do Estado, mas essa relação não é levada a sério por qualquer das partes. O cidadão, célula mater da sociedade, se cala diante da inoperância do Estado e torna-se refém da escalada da criminalidade.

Enquanto dura uma campanha eleitoral, candidatos levam ao palanque promessas de melhoria da segurança pública, mas tudo esmorece quando o eleito toma posse. Fora isso, a segurança pública só volta à cena das discussões quando alguma tragédia acontece.

Maior cidade brasileira, São Paulo tornou-se terra de ninguém, sendo que o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), tem insistido em destilar estatísticas sobre segurança pública, o que nem de longe serve de alento para uma população aterrorizada. Assaltos a residências e condomínios de luxo são corriqueiros na capital dos paulistas. Arrastões em restaurantes e lanchonetes acontecem com frequência crescente. Enquanto os moradores da cidade se trancam em casa, com medo da violência, donos de estabelecimentos gastronômicos temem o fim dos negócios por causa da ação dos criminosos.

Para complicar ainda mais uma situação que é conhecidamente caótica, a região dos Jardins foi transformada em área de ação de criminosos que assaltam sob a luz do dia. Na última quarta-feira (29), um conhecido empresário do ramo de alimentos, leitor do ucho.info, foi assaltado na mais badalada região da cidade. Sob a mira de um revólver, o empresário perdeu um relógio avaliado em aproximadamente R$ 10 mil. No dia seguinte, na quinta-feira (1), outro empresário foi assaltado na Avenida Europa, uma das principais e mais movimentadas vias da região dos Jardins. Dessa vez os bandidos levaram um relógio e um aparelho celular.

Inconformada, a primeira vítima, que é leitora assídua do ucho.info, telefonou à redação para manifestar a sua indignação com a insegurança que toma conta da cidade. Amigo de Geraldo Alckmin, o empresário disse que o governador deveria deixar de lado as estatísticas e ao menos reconhecer a falha do Estado e se solidarizar com a população.