Vai e vem – No mundo dos negócios não há coincidências, o mesmo acontece na seara política. Quando o governo norte-americano anunciou o cancelamento do contrato de compra de vinte aviões Super Tucano (US$ 355 milhões), da Embraer, um novo negócio ganhou ainda mais sobrevida. Trata-se do projeto de renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira, que ao que tudo indica receberá os Rafale da francesa Dassault.
A decisão vem se arrastando desde que Luiz Inácio da Silva anunciou a preferência do governo brasileiro pelo Rafale, mas a partir de então o processo de compra entrou em zona de turbulência, especialmente pelas suspeitas que passaram a voar nos céus de Brasília, mais precisamente sobre o Palácio do Planalto.
Tão logo assumiu a presidência, Dilma Rousseff ordenou a suspensão imediata do processo, como se algo estranho houvesse nas coxias da negociação. Superada essa fase, o que significa que novos acertos de bastidores foram selados, os 36 Rafale se aproximaram novamente dos hangares da FAB.
É preciso que a sociedade acompanhe com atenção essa operação, pois a repentina mudança de opinião dos palacianos a respeito dos caças é no mínimo estranha. Sem contar que uma nação que se mostra incompetente para administrar e manter uma base de pesquisas na Antártida não tem capacidade de mudar de opinião tão rapidamente. Enfim…