Silêncio do PT diante da paralisação dos “tanqueiros” em SP reforça tese de motivação política

Muito estranho – A cidade de São Paulo, a maior do País, ainda sofre com o desabastecimento de combustível, provocado pela paralisação dos motoristas de transportadoras, que discordam das novas regras de tráfego na Marginal Tietê, em vigor desde a última segunda-feira (5). A Justiça paulista concedeu liminar na terça-feira para que fosse restabelecida a entrega de combustíveis aos postos da capital, mas a normalização só será alcançada no começo da próxima semana, de acordo com empresários do setor.

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) informou que acatará a decisão judicial que determinou a volta ao trabalho dos motoristas de caminhões-tanque que transportam combustíveis em São Paulo, sob pena de não o fazendo incorrer em multa diária de R$ 1 milhão. Decisão da Justiça tem em seu escopo duas entidades: o Sindicam e o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo.

Mesmo com a retomada da entrega de combustíveis, a situação nos postos deve se complicar, pois os caminhões que antes das restrições de tráfego Na Marginal Tietê faziam em média quatro entregas, a partir de agora farão apenas duas.

O mais estranho nesse episódio é que nenhum integrante do PT, que costumeiramente sai em defesa dos trabalhadores, se manifestou a respeito da paralisação dos “tanqueiros”, que prejudica milhões de cidadãos que vivem e trabalham na cidade de São Paulo. Esse silêncio obsequioso dos petistas reforça ainda mais a suspeita de que o movimento dos “tanqueiros” é uma operação orquestrada e com viés político, pois afinal estamos em ano de eleições. E como sempre acontece quando o PT está em desvantagem eleitoral, greves e paralisações engrossam o cardápio de campanha da legenda.