Bolha de sabão – Empresa do grupo BNP Paribas, a Cetelem divulgou os resultados de pesquisa que aponta que a classe C, a nova classe média brasileira, já agrega 103 milhões de consumidores. O levantamento revela também crescimento em ritmo acelerado das chamadas classes A e B, enquanto que as D e E registram movimento inverso, com redução do contingente de 51% para 21% da população, em 2011.
Segundo analistas, o crescimento da classe C, principalmente, decorre do aumento de renda do trabalhador, do crescimento do Produto Interno Bruto e das políticas sociais do governo, em especial as que distribuem renda. Essa conjunção de fatores por certo tem embasamento acadêmico, mas na prática significa algo como andar sobre a corda bamba.
O aumento de renda citado pelos especialistas tem participação parcial no crescimento da classe média, pois a ascensão dos consumidores se deu não por geração de riqueza, mas, sim, por causa do crédito fácil. O que a pesquisa não mostrou é que esses a alegria desses incautos consumidores, que acreditaram nos discursos ufanistas de Luiz Inácio da Silva, hoje enfrentam a tristeza patrocinada pelo endividamento recorde das famílias brasileiras.
O crescimento da economia verde-loura, cuja sustentabilidade suscita dúvidas, poderia ser mais sólido se o governo federal patrocinasse uma reforma tributária com o objetivo de reduzindo a carga de impostos incidente sobre produtos e serviços, uma vez que a contrapartida daquilo que é pago pelo contribuinte nunca aparece. Exemplo maior dessa situação descompensada está nos valores liberados pelos órgãos federais para as obras de infraestrutura, cada vez mais precária.
Outro item que contribuiria para a solidez da economia nacional é a redução das taxas de juro, algo temeroso diante da resistência da inflação, item mais polêmico do amaldiçoado espólio deixado pelo ex-presidente Lula. No momento em que o Palácio do Planalto compreender que o conjunto de medidas sugerido por este noticioso e outros tantos veículos de comunicação pode resultar em crescimento maior e perene, a situação do País pode melhorar sobremaneira. Essa mudança só não ocorre porque o governo resiste em desaparelhar a máquina e cortar gastos desnecessários.