Prisão domiciliar – Na maior cidade brasileira, São Paulo, o último final de semana foi marcado pela violência do confronto entre torcedores do Sport Clube Corinthians Paulista e da Sociedade Esportiva Palmeiras, que culminou com a morte de um jovem baleado na cabeça, outro internado em estado grave com traumatismo craniano, cinco feridos e apenas quatro presos. O governador Geraldo Alckmin afirmou que a violência no esporte é intolerável e que medidas para reforçar o policiamento serão adotadas, mas a capital paulista precisa de muito mais.
Enquanto a imprensa dedicava espaço ao entrevero entre os torcedores, ocorrido no domingo (25) horas antes da partida entre as duas equipes, ladrões comemoravam o resultado de um bem sucedido arrastão em prédio comercial no Jardim Anália Franco, bairro da Zona Leste da cidade. Um grupo de 24 criminosos invadiu um edifício comercial e levou o que encontrou pela frente em escritórios e lojas. A polícia foi acionada, mas ao chegar ao local os bandidos haviam fugido.
A segurança pública em São Paulo tornou-se alvo de galhofas de toda ordem, pois a ação policial sempre é defasada em questões de tempo. A cada quatro horas uma residência é assaltada na cidade que é símbolo de prosperidade para o restante do País. Somente em fevereiro, a cidade de São Paulo foi palco de 3.541 roubos de veículos. Aumento de 17,5% em relação ao mesmo mês de 2011, que teve 3.013 carros roubados. Em todo o Estado, o aumento nos roubos de veículos foi de 17,7%, com 7.054 casos neste ano ante 5.992 no ano passado.
Os arrastões em restaurantes e bares e os roubos a caixas eletrônicos continuam assustando a população, que a cada novo dia que surge é obrigada a mudar os hábitos, sob pena de tornar-se presa fácil para os criminosos. Mas os números desabonadores da segurança pública paulista não param por aí. No estado, os latrocínios (roubo seguido de morte) tiveram alta de 12,5%, enquanto os casos de estupro avançaram 10,4%.