Aldo Rebelo extrapola ao criticar o TCU, que alertou para os elefantes brancos da Copa do Mundo

Confusão antecipada – O que é socialismo? Compilando algumas da muitas definições, socialismo é a teoria marcada pela organização econômica que defende a propriedade pública ou coletiva e administração dos meios de produção e distribuição de bens de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos com um método mais igualitário de compensação. O que é socialismo com a cara do Brasil? Se depender do PCdoB, que na campanha em comemoração aos noventa anos da legenda chama para si essa nova modalidade de socialismo, é uma ditadura marcada pela baderna e pelo desmando.

Pelo menos é isso que se depreende da fala do ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que criticou o posicionamento do Tribunal de Contas da União em relação aos já bilionários estádios da Copa. O ministro Valmir Campelo, autor do relatório do TCU sobre a situação das obras da Copa, de março de 2012, afirma que em quatro cidades-sede – Natal, Manaus, Cuiabá, e Brasília – existe “risco grande” de que a rentabilidade gerada pela arena não cubra seus custos de manutenção.

Aldo Rebelo, que por trás da fala mansa e pausada esconde uma soberba descomunal, rebateu alegando que “o Tribunal de Contas da União julgar o que vai ser ou não elefante branco é improcedente. Não vejo no TCU especialização, capacidade para fazer isso”. Não contente com o espetáculo antissocialista, Aldo completou: “O debate sobre o que pode ser elefante branco ou não é um debate que envolve aqueles que estão construindo, aqueles que estão envolvidos na realização da Copa e, portanto, o que é ou não um elefante branco não é uma decisão de uma sentença”.

Muito antes de serem elefantes brancos, os estádios da Copa do Mundo de 2014 funcionarão como douradas e incansáveis cornucópias, já programadas para abastecer o caixa dos corruptos envolvidos na realização do Mundial de futebol. O discurso malemolente de Aldo Rebelo serve para dissimular os olhos atentos dos que desejam descobrir o pulo do gato nessa operação, que será muito maior do que a gatunagem que marcou os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.

O melhor exemplo de elefante branco é o do Estádio Nacional, em Brasília, que por pressão popular continuará chamando Mané Garrincha. Ao custo de R$ 1 bilhão, a arena esportiva da capital dos brasileiros servirá para nada depois da Copa, repetindo a utilização do outrora estádio que foi demolido para a construção dessa obra megalomaníaca.