Campanha guerrilheira – Maior e mais importante cidade brasileira, São Paulo opera além do limite de sua capacidade. Em algumas matérias anteriores citamos que uma metrópole com mais de três milhões da habitante torna-se inviável. Com 11,2 milhões de habitantes, a capital paulista há muito superou a marca da inviabilidade, mas mesmo assim continua sendo o destino dos sonhos de muitos brasileiros.
Quando uma nação decide crescer, seus governantes devem pensar antes do planejamento desse crescimento, sob pena de a infraestrutura urbana ficar aquém das necessidades. No momento em que apelou para o consumo interno como forma de minimizar os efeitos da crise financeira decorrente do “subprime” norte-americano, Luiz Inácio da Silva em momento algum pensou em destinar recursos federais para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades, que passaram a receber enxurradas de carros novos. Sem contar que para consumir as pessoas precisam sair de casa, se valendo também de transporte público.
Sem decolar em sua campanha rumo à prefeitura paulistana, o petista Fernando Haddad, candidato imposto por Lula, decidiu eleger a mobilidade urbana da cidade de São Paulo como alvo de críticas. No último sábado (31), Haddad disse que a capital dos paulistas vive um apagão do trânsito e do transporte público. O discurso surgiu no vácuo das misteriosas panes sofridas pelos trens da CPTM, que deixaram de circular por problemas técnicos e falha no fornecimento de energia. O quebra-quebra em algumas estações por certo recheará os programas eleitorais de Fernando Haddad, que tenta dar o troco no prefeito Gilberto Kassab, que lhe negou apoio, e comprometer a candidatura do tucano José Serra.
Fica o alerta aos que acompanham o cotidiano da política nacional que os recentes problemas enfrentados pelos trens da CPTM têm explicação única: missa encomendada, segundo apurou o ucho.info. E os paulistanos que se preparem, pois novas armações surgirão nos próximos meses.