Avançando o sinal – Se depender da presidente Dilma Rousseff e das ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), o PT terá problemas para colocar em marcha o projeto de nas próximas eleições municipais aumentar o número de prefeituras administradas pelo partido.
O plano petista tem como foco principal a hegemonização política do País a partir das prefeituras, não importando o tamanho dos municípios. O que não inviabiliza o desejo do PT de conquistar importantes cidades brasileiras, começando pelas capitais.
Na contramão do que planeja o Partido dos Trabalhadores, o Palácio do Planalto expediu convite aos prefeitos de municípios com até 50 mil habitantes para que participem das cerimônias de entrega de unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Depois de atravessar a Praça dos Três Poderes e desembarcar no Congresso, o assunto pegou de surpresa os deputados federais que estavam na Casa na tarde de segunda-feira (9). Aproveitando a fumaça produzida pelo escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, as ministras Ideli e Gleisi ignoraram a relação dos deputados com as prefeituras e atropelaram o parlamento.
Segundo apurou a reportagem do ucho.info, a ministra Gleisi Hoffmann teria dito que para falar com os prefeitos a Presidência não precisa dos deputados. Uma atitude que pode ser considerada suicida sob a ótica política, pois o clima de rebelião ainda domina boa parte da base aliada.
A displicência da dupla (Ideli e Gleisi) foi tamanha em relação ao assunto, que nem mesmo o relator do projeto do “Minha Casa, Minha Vida”, deputado André Vargas (PT-PR) foi convidado para os eventos. Na verdade, Vargas ficou sabendo da movimentação palaciana através dos prefeitos que receberam o tal convite.
Trata-se de mais um imbróglio político com a chancela de Dilma Rousseff, que deve colher os respectivos frutos em pouco tempo. É esperar para ver.
