Duas medidas – Quando o poço de petróleo explorado pela norte-americana Chevron, na Bacia de Campos, registrou vazamentos, o estardalhaço feito pelo governo federal foi enorme, pois aquela era uma oportunidade imperdível de tentar provar ao mundo a nocividade do capitalismo. Desde o evento no Campo de Frade até o pedido de suspensão das operações feito pela própria Chevron, o espetáculo patrocinado pelos esquerdistas do poder foi risível.
Na segunda-feira (9), a partir de inspeções submarinas, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) detectou vazamento de óleo no Campo de Roncador, operado pela Petrobrás e também situado na Bacia de Campos, no norte fluminense. O resultado sobre a origem do vazamento será conhecido dentro de um ou dois dias, mas a ANP já se antecipou e noticiou que foram encontradas no solo marinho “gotículas de óleo”.
Trata-se do sétimo vazamento de óleo sob a responsabilidade da Petrobras em 2012, sendo que o mais grave deles ocorreu em grave foi em Tramandaí (RS), quando vazaram 33,6 mil litros de petróleo no mar. A multa aplicada pelo Ibama foi de R$ 2,5 milhões. Em abril, a Petrobras registrou três vazamentos.
Por ocasião do enorme vazamento de óleo no Golfo do México, em poço explorado pela British Petroleum, o ucho.info destacou o perigo que seria a exploração na camada pré-sal, uma novidade para os técnicos brasileiros, mesmo considerando a larga experiência desse profissionais quando o assunto é petróleo em águas profundas. A camada pré-sal tem características próprias e até então desconhecidas, o que exige cuidado e o desenvolvimento de técnicas específicas.
Ao que parece, a Petrobras continuará sendo tratada com regalias pelos órgãos que deveriam monitorar com rigor a operação de exploração de petróleo e gás nas profundezas do oceano. No caso da Chevron, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), fez o possível para ocultar a participação da Petrobras na operação do Campo de Frade.
