No encontro com Barack Obama, na Casa Branca, Dilma voltou a criticar a política monetária dos EUA

Disco riscado – Com parte da mídia norte-americana fazendo vistas grossas à sua visita a Washington, a presidente Dilma Rousseff aproveitou o encontro com Barack Obama, na Casa Branca, para criticar a política monetária expansionista, sob a alegação de que tal movimento prejudica os países emergentes. Em primeiro lugar Dilma deve se preocupar com os assuntos relacionados ao Brasil, deixando os outros países dos Brics cuidarem dos seus interesses. Até porque, a China não está preocupada com o que acontece na economia brasileira.

A cantilena palaciana sobre o câmbio está cada vez mais enfadonha, pois à presidente Dilma e aos seus assessores da área econômica cabem a tarefa de melhorar a competitividade do País não apenas com o controle do câmbio, mas com a adoção de medidas de longo prazo e que há muito já deveriam ser tomadas. O recente pacote de bondades à indústria, que chegou com enorme atraso, é pontual e pouco resolve o problema da desindustrialização, assunto para o qual o ucho.info alerta desde 2005.

O que Dilma Rousseff deveria fazer, mas não faz, é reduzir a absurda carga tributária, otimizar a máquina federal em termos de qualidade e desaparelhar o governo, substituindo os apaniguados por técnicos. Investimentos em infraestrutura, ajuste fiscal e redução da dívida oficial são ações necessárias e que podem minimizar os efeitos do chamado “custo Brasil”. Enquanto nada for feito, Dilma terá apenas esse discurso chato para entoar.