Distante da verdade – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) diminuiu, na primeira leitura de abril, em quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com dados divulgados pela FGV nesta terça-feira (10), o maior recuo foi registrado em Belo Horizonte, onde a taxa de inflação passou de 0,51%, na semana de 31 de março, para 0,33%, na de 7 de abril, o que representa recuo de 0,18 ponto percentual.
As demais capitais que apresentaram decréscimos em suas taxas foram Brasília (de 0,84% para 0,72%), Salvador (de 0,56% para 0,44%) e Porto Alegre (de 0,64% para 0,63%).
Por outro lado, a inflação medida pelo IPC-S ganhou força em São Paulo (de 0,53% para 0,59%), capital com maior peso na formação do índice, no Rio de Janeiro (de 0,56% para 0,57%) e em Recife (de 0,76% para 0,79%).
O IPC-S mede, semanalmente, a inflação mensal nas classes de despesa alimentação; habitação; vestuário; saúde e cuidados pessoais; educação, leitura e recreação; transportes; e despesas diversas. Na primeira apuração de abril, a taxa média ficou em 0,58%, 0,02 ponto percentual abaixo da registrada no levantamento anterior.
Na outra ponta do problema
Entre os números estatísticos e a dura realidade enfrentada pelos brasileiros no cotidiano há uma sensível diferença. Quem vai com frequência ao supermercado sabe que os resultados das pesquisas que medem a inflação no País são irreais. Não se trata de duvidar da idoneidade da FGV, mas a inflação está cada vez mais presente na vida do cidadão.
Compra-se cada vez menos com a mesma quantidade de dinheiro. Quando não, a qualidade dos produtos ofertados é inferior a de meses anteriores. Essa estratégia, como já citada em matéria desta semana, é adotada pro muitas empresas que desejam manter o posicionamento no mercado sem reduzir a margem de lucro.