Mesmo depois da pífia gestão de Celso Amorim, diplomacia brasileira continua enfadonha e amestrada

Fiasco nacional – A diplomacia brasileira continua deixando a desejar. Na época em que Celso Amorim estava à frente do Itamaraty, Brasil passou vergonha por causa das inúmeras trapalhadas de um diplomata que até hoje defende ditadores, como se prender ou matar com base em opiniões contrárias fosse algo absolutamente normal e golpes totalitaristas fizessem parte da lógica política global.

Agora, com Antonio Patriota respondendo pela diplomacia verde-loura, o País sido refém de um posicionamento pouco claro e vez por outra amestrado. Em relação ao caso da expropriação da petrolífera YPF, subsidiária da espanhola Repsol, pelo governo da Argentina, Patriota disse que a decisão da presidente Cristina de Kirchner em nada prejudicará a América do Sul.

Não se trata de a decisão atabalhoada de Kirchner prejudicar ou não a porção sul-americana do continente, mas de o Brasil tomar uma posição de um ato absurdo contra a propriedade privada, que servirá apenas para camuflar a profunda crise econômica argentina. Como sempre acontece, o governo brasileiro se esquiva de opinar sob a desculpa de que não quer interferir em assuntos internos de outros países. Uma atitude de covardia ou de endosso.

No caso do impasse que há meses reina na Síria, o governo de Damasco anunciou que quer como observadores países considerados neutros, entre eles o Brasil. O presidente Bashar al Assad, um déspota sanguinário e cruel que herdou o governo sírio do pai, quer na verdade contar com a complacência do governo brasileiro com diversas ditaduras ao redor do planeta. Quando há mortes em série, como vem acontecendo na Síria, não há como ser suave na negociação ou discursar de forma irritantemente evasiva.