Dilma reúne-se com Lula, escancara sua dependência política e deixa pesquisa de opinião sob suspeita

Piada de salão – Quando apresentou ao eleitorado a então candidata Dilma Vana Rousseff como garantia de continuidade, Lula tentou dizer, pro palavras trançadas, que continuaria mandando aos bolhões e que sua sucessora seria um fantoche político comandado remotamente.

O fraco desempenho e os escândalos de corrupção confirmam que o atual governo é uma continuidade da era Lula da Silva, a mais corrupta da história política nacional. Essa constatação mostra que pelo menos uma vez Lula não faltou com a verdade.

Para acertar os últimos detalhes da CPI do Cachoeira, o agora enrolado Lula aterrissou em Brasília, onde deu ordens a todos os petistas que integram a Comissão criada para investigar as estripulias do contraventor goiano. Aproveitando a estada na capital federal, Lula participou de um almoço no Palácio da Alvorada, onde foi recepcionado pela sucessora Dilma Rousseff. Além da presidente, participaram do encontro com Lula, que durou quatro horas, os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Guido Mantega (Fazenda), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), além do jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Comunicação Social.

Na história recente da política brasileira é a primeira vez que um ex-presidente consegue ingerir de maneira acintosa no governo do sucessor. Como disse certa vez o próprio Lula, “nunca antes na história deste país”. Ao imiscuir na administração de Dilma Rousseff, o ex-presidente deixa claro que em 2014 será candidato ao Palácio do Planalto. Ou seja, Dilma serviu apenas para coordenar o rito de passagem.

Porém, a dependência que Dilma mostra ter de Lula faz com que a recente pesquisa de opinião, que lhe deu percentual recorde de aprovação, foi muito bem encomendada, para não dizer que se trata de uma homenagem à mitomania. Acostumada a fazer a linha da “durona”, Dilma mostra sua fraqueza política ao permitir que Lula palpite como quer em sua administração.

O estrago que o PT proporcionou ao País nos últimos dez anos, devidamente camuflado pelas esmolas sociais e pelo consumismo irresponsável, demorará pelo menos meio século para ser reparado.