Estudo do IBGE aponta o estrago provocado pela enxurrada de carros patrocinada pelo irresponsável Lula

Devagar quase parando – Dezembro de 2008. O então presidente Luiz Inácio da Silva ocupa os meios de comunicação e pede para que os brasileiros mantenham em níveis elevados o consumo, como forma de minimizar os efeitos colaterais da crise financeira global que nasceu no “subprime” norte-americano. A reboque do pedido presidencial surgiu um plano de benefícios tributários a determinados segmentos da economia, dentre eles o setor automobilístico.

À época, mesmo sob as críticas de Lula, o ucho.info alertou para a necessidade de o governo federal destinar uma parcela dos impostos decorrentes da venda de automóveis para a melhoria do sistema viário das grandes cidades brasileiras. A enxurrada de carros novos nas ruas transformou algumas metrópoles em monumentos ao caos, pois a piora no trânsito foi assustadora.

Nada foi feito para solucionar o problema que já era grande e cresceu ainda mais. O máximo que algumas autoridades fizeram foi criar dificuldades para se trafegar nessas cidades. Revelada nesta sexta-feira (27), uma análise do IBGE, com base no censo de 2010, aponta que pelo menos 7 milhões de pessoas, que vivem em grandes cidades, levam mais de uma hora no deslocamento entre a própria casa e o trabalho. E mais uma hora ou mais no trajeto inverso.Metade desse contingente vive nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, maior cidade do País, 31% da população economicamente ativa gasta uma hora para chegar ao trabalho. Situação quase semelhante acontece com os cariocas. Entre paulistas e fluminenses, mais de 650 mil perdem mais de duas horas até o trabalho.

Na capital paulista, por exemplo, o prefeito Gilberto Kassab – que é engenheiro, vale ressaltar – adotou uma solução que é uma afronta ao mais desqualificado profissional da engenharia. Ao invés de investir no transporte público, o que tiraria carros das ruas, Kassab preferiu estreitar as faixas destinadas aos automóveis. Em algumas avenidas da cidade, onde antes existiam três faixas, com doses mínimas de segurança, agora existem quatro espremidas e inseguras faixas. Para completar essa comédia com pinceladas de tragédia, entre os carros circula um oceano de motociclistas alucinados e nada têm a perder.

Mesmo assim, alguns reitores de universidades espalhadas pelo mundo concederam a Lula títulos de doutor honoris causa, como se nível elevado de consumo representasse boa qualidade de vida. O pior nessa história é que o Brasil vive uma escandalosa inversão de valores, caminho predileto dos adeptos do totalitarismo. Como a devida licença do folclórico ex-senador Mão Santa (PSC-PI), “ó Brasil, atentai bem!”.