Assunto complicado – Por decisão da presidente Dilma Rousseff, a reunião do conselho político foi adiada para esta quinta-feira (3). Durante o encontro, marcado para o Palácio do Planalto e contará com a participação aproximadamente quarenta pessoas, entre ministros e líderes políticos, a presidente discorrerá sobre a situação econômica do País, como costumeiramente acontece.
Dilma aproveitará a oportunidade para falar da mudança nas regras da remuneração da caderneta de poupança, principal investimento nacional e que abriga as economias da maioria da população. A ideia, segundo apurou o ucho.info, é não mexer nos investimentos atuais, o que poderia ser considerado quebra de contrato e resultaria em uma discussão jurídica sem precedentes. Fora isso, alterar as regras da poupança em ano eleitoral seria uma espécie de tio no pé.
A proposta que será discutida é remunerar os novos investimentos na poupança em até 80% da Selic, a taxa básica de juro, definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Considerada a atual taxa da Selic, a poupança teria rendimento de 7,2% ao ano. O objetivo da presidente é, com a mudança, forçar a queda das taxas de juro cobradas pelo banco privados. O governo estuda a adoção de novas medidas econômicas que estimulem a queda do juro ao consumidor. Isso porque o Palácio do Planalto continua apostando no consumo interno como forma de minimizar os efeitos da crise que afeta a União Europeia, principalmente.
Com a maioria da população brasileira ganhando no máximo dois salários mínimos, apostar no consumo interno e acreditar em investimentos na nova poupança é querer passar recibo de incompetência. Certo estava o então presidente Lula quando adotou o bordão “nunca antes na história deste país”.