Para atender aos interesses do PT, Carlinhos Cachoeira poderá ficar calado durante depoimento à CPI

Boca fechada – O que era esperado está prestes a acontecer. Alvo principal da CPI do Cachoeira e preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, Carlos Augusto de Almeida Ramos poderá permanecer calado durante depoimento no Congresso. Pelo menos esse é o discurso do criminalista Márcio Thomaz Bastos, que defende o contraventor goiano.

Ex-ministro da Justiça, Thomaz Bastos disse que ainda cedo para ouvir seu cliente e que é preciso que a CPI libere acesso aos documentos do inquérito para que a defesa não seja prejudicada. Trata-se da primeira manobra do PT para que Cachoeira não fale o que realmente sabe. No caso de o contraventor revelar detalhes do seu esquema criminoso, a República, como tem afirmado o ucho.info, não fica em pé.

No momento em que Luiz Inácio da Silva insistiu na criação da tal CPI, sua sucessora, Dilma Rousseff, alertou para o perigo dos desdobramentos da investigação, pois é muito grande o numero de envolvidos com o bicheiro. Com a CPI criada e instalada, a saída a partir de agora será criar chicanas para proteger petistas e aliados. E essa é apenas a primeira.

Quando surgiu a notícia de que Márcio Thomaz Bastos defenderia Cachoeira, este site alertou para o fato de que tratava-se de uma estratégia para fazer com que o bicheiro não revelasse a verdade. No contraponto, o PT pressionou para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitasse a abertura de inquérito contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), conhecido desafeto do ex-presidente Lula.