Força total – Luiz Inácio da Silva decidiu trabalhar nos bastidores para Depois de incentivar deputados e senadores do PT a embarcarem na ideia de criação da CPI do Cachoeira, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva atuou fortemente nos bastidores nas últimas horas para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitasse a abertura de inquérito para investigar as relações entre o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o contraventor Carlos Augusto Ramos, preso em 29 de fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Pressionado por petistas, Gurgel não teve outra saída que não requisitar o procedimento contra Perillo. Semanas antes, o procurador-geral manifestou a intenção de também investigar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), mas acabou alvo de ações intimidatórias por parte de integrantes do PT.
Diferentemente do caso envolvendo Agnelo Queiroz, que foi citado textualmente nas gravações feitas pela PF, Marconi Perillo não foi citado diretamente nas conversas entre Carlinhos Cachoeira e seus operadores.
Essa pressão exercida pelos petistas que cumprem as ordens de Lula explica a decisão dos partidos de oposição de requerer na Justiça o fim do sigilo dos documentos do caso, entregues pelo Supremo Tribunal Federal à CPI do Cachoeira. Há no processo muito mais provas contra os atuais donos do poder do que muitos imaginam.
Outro governador que deve ser algo de inquérito requisitado pela PGR é Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro. Cabral Filho será investigado por sua ligação com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, empreiteira que deve ser adquirida nos próximos dias pela J&F Holding, que controla o frigorífico JBS e que tem no conselho consultivo o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.