Baderna oficial – Verdadeiramente chapa branca, a CPI do Cachoeira começa a fazer água. Presidente da Comissão criada para investigar as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos com políticos e empresários, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) parece não saber o significado da palavra secreto. No dicionário Houaiss, a primeira definição para o vernáculo secreto é “que se conserva oculto, que está em segredo; ignorado, incógnito; não divulgado; escondido, encoberto; não revelado”.
Quando a CPI do Cachoeira decidiu que algumas sessões seriam secretas, seus integrantes alegaram questões de técnicas para a sequência do inquérito, sendo que os defensores dos acusados não participariam de determinados depoimentos, como no caso dos delegados de Polícia Federal que já depuseram.
Na quinta-feira (10), advogados de Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres acompanharam o depoimento do delegado Matheus Mella, da PF, o que contraria a decisão tomada pelo colegiado. Com isso, não há razão para algumas sessões da CPI serem secretas, pois à sociedade cabe o direito de saber o que se passa em uma comissão criada para desvendar escândalos de corrupção.
O senador Vital do Rêgo, que está aproveitando ao máximo os seus minutos de fama, assumiu a responsabilidade pela presença dos advogados na sessão. Quando nos questionam sobre o que pode acontecer com a tal comissão, leitores se indignam quando afirmamos que a CPI do Cachoeira tem tudo para dar em nada.