Seguros de automóveis e planos de saúde levam as seguradoras a rever estratégias

Luz de alerta – Há no mercado de seguros um clima de certa apreensão. Isso porque a venda de veículos novos diminuiu nos últimos meses, levando as montadoras a realizarem promoções e reduzirem as taxas de juro utilizando instituições financeiras próprias. Esse cenário tem levado os executivos das seguradoras a estratégias alternativas, como forma de compensar a brusca desaceleração do setor.

Esse cenário confirma a previsão feita pelo ucho.info, no final de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados. Um dos setores beneficiados pelas benesses tributárias da época foi o automobilístico, o que provocou uma enxurrada de veículos novos nas principais cidades brasileiras. Enquanto durou a alegria, as seguradoras faturaram aos bolhões, tendo adequado suas respectivas operações à realidade do mercado.

Outro produto que tem levado as seguradoras ao desespero é o chamado seguro saúde ou plano de assistência médica. Com a chegada de milhões de novos consumidores na classe média, a procura por medicina privada disparou. Acontece que os cidadãos que anteriormente eram atendidos pela rede de saúde pública passaram a utilizar os planos privados, o que aumentou a sinistralidade do produto, fazendo com que muitas empresas seguradoras entrassem no vermelho. A situação é tão grave, que em alguns casos só se consegue uma consulta com espera de trinta dias ou mais, dependendo do padrão do plano de saúde.

Pouco adianta a chiadeira de quem contrata um plano de saúde, pois a administração do produto se dá com base em regras de mercado e cálculos matemáticos. Quando um produto começa a dar prejuízo, a solução adotada dificilmente atende às necessidades do consumidor.

Quando o Brasil foi tomado por uma onda de consumismo, o ucho.info alertou para o perigo de esse movimento ocorrer de forma inesperada e sem qualquer planejamento por parte do Estado, a quem interessa apenas e tão somente manter a economia aquecida, gerando tributos que mantêm a aparelhada máquina em funcionamento.

Oficialmente as seguradoras não confirmam o cenário aqui descrito, mas nos bastidores o assunto tem sido alvo de seguidas reuniões de emergência.