Metroviários de São Paulo anunciam greve, que pode reforçar a campanha de Haddad à prefeitura paulistana

Como sempre – Oficialmente todos os candidatos às eleições municipais deste ano ainda são pré-candidatos, pois não podem ultrajar a legislação eleitoral, mas fora dessa seara o clima está quente e repleto de rapapés. Palco da maior disputa eleitoral do País, São Paulo já é palco de armações, em sua maioria para alavancar Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores à prefeitura paulistana.

Escolhido e imposto por Luiz Inácio da Silva como candidato do partido, Haddad continua empacado nas pesquisas de intenção de voto, com irrisórios 3%. O que não significa que milagres não aconteçam, pois situações semelhantes tiveram desfechos vitoriosos. Acontece que Fernando Haddad é um ilustre desconhecido e isso dificulta sua situação como candidato.

Sem enxergar que o melhor é tentar crescer na seara dos outros candidatos, a coordenação da campanha de Haddad repete erros passados e insiste em ataques contra o PSDB, cujo candidato é o ex-governador José Serra. Na verdade, o projeto petista não é alcançar a prefeitura de São Paulo, mas eventualmente tirar do PSDB, em 2014, o governo estadual. Para isso, o PT passou a alimentar, como sempre, greves em setores básicos, como a dos metroviários, que prometeram cruzar os braços nos próximo dia 23 de maio.

O anúncio da paralisação aconteceu no mesmo dia em que dois trens do Metrô se acidentaram no ramal que leva à Zona Leste da capital paulista, deixando dezenas de feridos. O acidente foi ocasionado por uma falha no sistema eletrônico de frenagem de uma das composições, mas sindicalistas se apresaram em afirmar que a causa foi a falta de investimentos por parte da empresa, como se o Metrô fosse um amontoado de serial killers. Fato é que para o PT a campanha já começou.