Perto do fim – Reunidos na manhã desta quarta-feira (23) no Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo, representantes da Companhia do Metropolitano do Estado de São Paulo e dos sindicatos que patrocinaram a greve no Metrô e na CPTM chegaram a um acordo, depois de intensa discussão. A desembargadora Anéli Li Chum, vice-presidente do TRT da 2ª Região e mediadora do encontro, propôs um reajuste salarial de 6,17%, índice acima do proposto pelo Metrô, o que foi aceito pelos sindicalistas. Além disso, o Metrô concordou em aumentar os valores do vale-refeição e do vale-alimentação.
Na audiência, o Metrô reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços (IPC) e aumento real de 1,5%, mas os grevistas . Os metroviários mantiveram a reivindicação de reajuste pelo ICV/Dieese mais 14,99% de aumento real, mas sinalizaram com a possibilidade de negociação, dependendo do atendimento das outras reivindicações da categoria. A desembargadora propôs reajuste pelo INPC mais 1,5% de aumento real.
Em relação ao vale-alimentação, a proposta do Metrô era de R$ 158,57, mas os metroviários insistiram em R$ 280,45. A desembargadora propôs R$ 218. A respeito do vale-refeição, o Metrô propôs elevar o valor para R$ 21, mas o sindicato da categoria manteve R$ 25,25. A desembargadora propôs R$ 23.
A proposta final será levada para a assembleia dos metroviários para ser votada, o que pode definir o fim da greve que teve objetivo meramente político-eleitoreiro. A Justiça do Trabalho determinou, na terça-feira (22), que o Metrô funcionasse nos horários de pico com 100% da frota e 85 no restante do dia, mas os metroviários decidiram não acatar a decisão, mesmo com a imposição de multa de R$ 100 mil por dia de paralisação.
Os metroviários romperam o dia com o discurso mentiroso de que o objetivo do movimento não era prejudicar a população da maior cidade brasileira, mas às 10 horas desta quarta-feira a Companhia de Engenharia de Tráfego registrou 249 km de congestionamento, marca histórica para o período.