Controlada pelo estabanado Lula, CPI do Cachoeira é eleitoreira e está fadada ao fracasso

Sem limites – Durante muitos anos o ex-presidente Luiz Inácio da Silva foi alvo de chacotas por conta da sua baixa escolaridade, mas não se deve confundir inculto com alguém desprovido de inteligência. Lula sem dúvida é um homem inteligente, mas sua conhecida soberba o tem levado a cometer desvarios. A primeira recente bobagem cometida por Lula foi incentivar a criação da CPI do Cachoeira. O objetivo do ex-presidente era apenas e tão somente alvejar o governo Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, mas as investigações saíram do controle da base aliada e arrastaram para o olho do furacão o petista Agnelo Queiroz e o peemedebista Sérgio Cabral Filho, governadores do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, respectivamente.

Com a chance de a CPI alcançar integrantes do governo de Dilma Rousseff e chegar até o próprio Lula, a ordem na Comissão é evitar a aprovação de requerimentos de convocação de Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral, este último envolvido de forma escandalosa com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construção, empreiteira que agora está sob o guarda-chuva do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS Friboi.

Ao chantagear o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, na tentativa de adiar o julgamento do “Mensalão do PT”, Lula deixou a impressão digital que faltava para confirmar suas intenções a partir da CPI do Cachoeira. No escritório de Nelson Jobim, o ex-presidente teria dito que tem o controle político da Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar a teia de relacionamentos do contraventor goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos.

Beira a seara da insanidade o fato de uma CPI estar sob o controle político de alguém que foi responsável pelo período mais corrupto da história nacional. A declaração de Lula durante o encontro no escritório de Nelson Jobim que agora nega os fatos, explica dois assuntos que mereceram destaque no ucho.info. Não é por acaso que Márcio Thomaz Bastos defende Carlinhos Cachoeira, enquanto Henrique Meirelles trata de salvar a Delta.

Cachoeira tem o direito constitucional à ampla defesa e Thomaz Bastos o de exercer livremente sua profissão, mas é preciso saber quem pagará os R$ 15 milhões dos honorários do advogado, uma vez que os bens do contraventor estão indisponíveis. De igual modo a estranheza marca a compra da Delta pelo grupo J&F, cujo presidente-executivo é Henrique Meirelles. A estratégia tem como objetivo evitar que Cachoeira fale o que sabe e que as investigações sobre a empreiteira não prosperem, sob pena de Lula ser desmascarado.