Governo insiste na redução do IPI dos automóveis, mas carga tributária da educação é abusiva

Sem futuro – O que o brasileiro pode esperar do Brasil nos próximos cinquenta anos? Nada, absolutamente nada, pois esse é o tempo que o País precisará para se recuperar dos estragos produzidos pelo messiânico Luiz Inácio da Silva “et caterva”. Sempre pegando carona em soluções utópicas e mirabolantes, o PT vem adotando medidas desesperadas para salvar uma economia que cresceu puxada pela pirotecnia palaciana.

Quando o ucho.info alertou para o embuste que representava a bolha de virtuosismo lançada por Lula, muitos foram os que nos criticaram com excesso de dureza, a começar pelos palacianos, mas a realidade atual endossa com folga a nossa tese. Para antecipar a sequência dos fatos não é preciso doses de genialidade ou bola de cristal, apenas bom senso e conhecimento do assunto. O que Lula e seus companheiros simplesmente não têm e nem querem ter.

Repetindo a receita do antecessor e padrinho eleitoral, a presidente Dilma Vana Rousseff apoiou a estratégia criada pelas autoridades econômicas para impulsionar a economia brasileira e minimizar os efeitos colaterais da crise que afeta sobremaneira a zona do Euro. Para tal, o Planalto anunciou mais uma vez a redução do IPI que incide sobre os automóveis e medidas que flexibilizam o crédito ao consumidor.

É no mínimo sandice imaginar que incentivar a venda de automóveis é a solução para a crise que vem tirando o sono de nove entre dez integrantes do governo da presidente Dilma. Está provado que de nada adianta empurrar o cidadão ao consumismo, pois o máximo que se consegue com esse tipo de ação é alimentar o endividamento e a inadimplência. Em dezembro de 2008, quando Lula cometeu o mesmo erro, o ucho.info alertou para tais perigos, mas foi acusado de torcer contra o País.

Nenhum país está imune a crises econômicas, mas é preciso que a população esteja devidamente instruída para enfrentá-la com a necessária responsabilidade. Não será com lampejos de consumismo que o Brasil avançará como nação e principalmente como democracia. Para que a crise seja enfrentada e o avanço ocorra de forma contínua é preciso que o Estado invista pesadamente na educação. Nas últimas cinco décadas, a qualidade do ensino no Brasil despencou de forma assustadora, mas o governo federal prefere ignorar o assunto e criar paliativos que são verdadeiros engodos.

Enquanto o Palácio do Planalto reduz o IPI sobre a produção automotiva e ajuda a entupir as ruas das principais cidades brasileiras com carros novos – tal situação também leva ao endividamento das famílias e à inadimplência –, muitos brasileiros deixam de ir à escola porque não têm acesso ao material escolar. A preocupação do governo com IPI sobre os automóveis não é a mesma com a carga tributária de uma simples caneta esferográfica, cujo preço final carrega 47,49% de impostos. Em outras palavras, se depender do governo o Brasil jamais será um país de todos.

Quando o governo pensar em reduzir substancialmente a carga tributária a que está sujeito o setor de educação, o Brasil poderá pensar em ser um país emergente. Até porque, muito antes de ter é preciso ser.

Apenas para lembrar os leitores, é de iniciativa do ucho.info o projeto de lei, já aprovado no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados, que isenta de IPI, PIS e Cofins os materiais escolares. Só com a educação será possível colocar o Brasil na rota do crescimento, pois consumo descontrolado é sinônimo de ignorância e submissão.

Confira abaixo a carga tributária que incide sobre alguns materiais escolares

Agenda escolar (43,19%)

Apontador (44,39%)

Borracha escolar (43,19%)

Caderno universitário (34,99%)

Caneta (47,49%)

Cola branca (42,71%)

Estojo para lápis (40,33%)

Fichário (39,38%)

Lápis (36,19%)

Livros escolares (15,12%)

Mochilas (39,62%)

Papel pardo (34,99%)

Papel sulfite (37,77%)

Pastas plásticas (40,09%)

Régua (44,65%)

Tinta guache (36,13%)

Tinta plástica (36,22%)