Copom deve reduzir a Selic em meio ponto percentual, afirma professor da Fundação Getúlio Vargas

Faca amolada – O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidirá na quarta-feira (30) sobre a nova taxa da Selic, atualmente fixada em 9% ao ano. De acordo com o professor da Escola de Economia da FGV-SP, Rogério Mori, a previsão, no vácuo das expectativas do mercado financeiro, é de nova queda. “A meta da taxa básica de juros deve ser reduzida em 0,5 p.p nesta reunião. E nas próximas podem ser esperadas mais reduções”.

Para quem tem dinheiro extra, a caderneta de poupança continua sendo uma boa opção. “É uma aplicação segura, que segue como atrativa. Já a rentabilidade das demais aplicações de renda fixa está caindo”, explica Mori.

Em relação às medidas do governo que buscam estimular o consumo e propiciar crescimento econômico, Mori lembra que “a economia brasileira segue em ritmo lento, com perda de força nas vendas a crédito”.

Com relação à cotação do dólar, a tendência é que as reduções nas taxas de juros brasileiras deixem as aplicações financeiras no Brasil menos atrativas. Com isso, há a perspectiva de novas elevações da cotação da moeda estrangeira. “A inflação ainda permanece em patamar relativamente alto, mas o governo parece disposto a assimilar uma inflação acima do centro da meta nesse ano para evitar que a economia brasileira fique ainda mais desaquecida”, acrescenta.