Após incentivar a compra de automóveis, Dilma lança medidas de preservação ambiental

Fio trocado – A presidente Dilma Vana Rousseff aproveitou a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta terça-feira (5), para lançar um pacote de medidas de preservação, como se o governo se preocupasse com esse assunto.

A retórica do desenvolvimento sustentável, que já toma conta da sociedade como outras tantas invenções passadas, só não cairá na vala do esquecimento enquanto for uma eficaz ferramenta de marketing.

Dilma pode até querer aparecer na foto como ecologicamente correta, mas não é essa a conclusão a que qualquer leigo chega quando analisa o conjunto de medidas adotado pelo governo ao longo do tempo.

A construção das novas hidrelétricas é exemplo de um governo que não se importa com o meio ambiente. Fossem verdadeiras as palavras da presidente, o Palácio do Planalto teria ampliado a discussão sobre o impacto ambiental provocado pelas usinas Jirau e Belo Monte, quando outras matrizes energéticas poderiam equacionar a demanda por energia. Contudo, o consumismo desenfreado obrigou o governo a investir na construção das hidrelétricas, sob pena de o País parar por falta de energia.

Outro exemplo de irresponsabilidade ambiental fica evidente na decisão do Palácio do Planalto de centrar suas apostas na redução do IPI incidente sobre os automóveis, sem a adoção simultânea de medidas para melhorar o sistema viário das grandes cidades brasileiras, que com a nova enxurrada de carros novos ficarão ainda mais congestionadas. O derrame de automóveis em milhares de cidades serve também para piorar o efeito estufa, por meio dos poluentes despejados na atmosfera pelos carros que circulam pelo Brasil afora.

Esse discurso da presidente Dilma Rousseff em prol do meio ambiente não passa de cumprimento de protocolo, principalmente porque dentro de alguns dias será inaugurada a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Em outras palavras, encenação para inglês ver.