Tomado pelo desespero, PT apela à falta de bom senso e quer arrastar José Serra para a CPI do Cachoeira

Jogo sujo – A CPI do Cachoeira foi criada com o único objetivo de estocar o governador Marconi Perillo, de Goiás, e desviar o foco do julgamento do escândalo do Mensalão do PT, marcado pelo Supremo Tribunal Federal para começar em 1º de agosto.

O maior incentivador da CPI foi o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, cujo desespero se materializou na tentativa de intimidação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo. Lula arriscou, por meio de chantagem, adiar o julgamento do caso, mas sua incursão foi um tiro pela culatra, assim como a CPI foi um disparo no pé.

Com o plano petista fracassando a cada nova tentativa de reversão da derrota, o PT, atendendo às ordens de Lula, agora quer convocar o ex-governador José Serra para explicar na CPI os contratos do governo paulista com a Delta Construção. Se Serra tiver algo explicar sobre o assunto, que sua convocação seja aprovada com celeridade. Antes disso, o PT precisa deixar de proteger o governador Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro, que certamente tem muito a explicar sobre a Delta e Fernando Cavendish do que José Serra.

A tentativa rasteira de inserir José Serra no cardápio da CPI, criada para investigar as relações de Carlinhos Cachoeira, é resultado do desespero de Lula diante do pífio desempenho do seu candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, empacado nas pesquisas de opinião com irrisórios 3% de intenção de voto.

Em outro vértice da manobra está a tentativa de focar os trabalhos da CPI no governador Marconi Perillo e a venda da sua casa em um condomínio de luxo da capital goiana. Trata-se de uma tentativa de esvaziamento dos trabalhos da CPI, que já não atende aos interesses do PT e de abusado Luiz Inácio da Silva.

O viés político que Lula impôs à CPI do Cachoeira evidencia de maneira inconteste o golpe que está em marcha desde a chegada do ex-metalúrgico ao Palácio do Planalto, em janeiro de 2003. À época, muito criticado, o ucho.info alertou para o perigo do processo de “cubanização” a que o Brasil seria submetido. Eis o resultado!