CPI: Rubens Bueno diz que ameaças a juiz e promotora são também contra a democracia

Agora é moda – “A ameaça contra magistrados e procuradores atinge a democracia como um todo”, disse o deputado federal Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara, ao comentar as ameaças que vem recebendo a procuradora do caso Cachoeira Lea Batista e as que recebeu o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que pediu afastamento justamente porque ele a família estavam sendo ameaçados.

“A violência acontece também dentro de comissão, quando se atenta contra a democracia, quando se faz um discurso violento contra o Ministério Público ou a Justiça; isso acontece aqui e no plenário a toda hora, e temos que repelir todo tipo de violência contra a democracia”, afirmou o líder.

Outra violência apontada por Bueno foi a cometida contra a própria CPMI, ao não convocar o proprietário da Delta, Fernando Cavendish. “Essa é uma violência que atinge a todos, inclusive ao parlamento, e com essa atitude estamos contribuindo para que se aumente a violência, porque temos o direito de ouvir, de cobrar, de ver e de investigar; esse é o papel da CPI mista”.

Agnelo Queiroz

Rubens Bueno ressaltou que o jornal “O Estado de S. Paulo” trouxe, nesta quarta-feira (27), reportagem que mostra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), marcando evento com Cavendish no dia em que Carlinhos Cachoeira foi preso. “Isso passa desapercebido aqui na comissão”.

Bueno voltou a chamar a atenção dos pares para o fato de que a CPI precisa caminhar. “E para isso, temos que atentar para a publicação do jornal de hoje sobre o governador do Distrito Federal, quando ele (Agnelo) fala que, se é para o negócio do transporte coletivo, está aberto e pode marcar”. O líder advertiu para o perigo de a CPI fazer “ouvidos moucos” e não dar atenção aos fatos que estão acontecendo.