Fernando Lugo desiste de participar de cúpula do Mercosul para não arruinar o bloco sul-americano

Tudo combinado – Presidente destituído do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo disse na terça-feira (26) que desistiu de participar da Cúpula do Mercosul, que acontece na próxima sexta-feira (29) em Mendoza, na Argentina. A uma emissora de rádio de Buenos Aires, Lugo externou seu desejo de não interferir nas decisões dos integrantes do bloco. “Não quero que minha presença influa no que meus companheiros vão deliberar”, declarou o ex-presidente paraguaio, que foi ejetado do poder após rápido processo de impeachment, o que ocorreu dentro das regras constitucionais do vizinho país.

Fernando Lugo informou que acompanhará atentamente as decisões que serão anunciadas pelos presidentes dos países integrantes do Mercosul, do qual o Paraguai foi suspenso temporariamente após o impeachment.

É importante destacar que aos países-membro do Mercosul não cabe a prerrogativa de imiscuir nos assuntos internos do Paraguai ou de qualquer outra nação, assim como prega a presidente Dilma Rousseff, quando entra na pauta a violação dos direitos humanos cometida por companheiros de esquerda ao redor do planeta. É o caso de Cuba e do Irã.

Quando passou a integrar o Mercosul, o Paraguai já vivia sob o manto da Constituição que permitiu a deposição de Fernando Lugo, ejetado do poder por ter perdido quase que totalmente o apoio político necessário para governar o país.

A decisão de Lugo de não participar do encontro não é mero bom-mocismo do padre que ignorou o celibato enquanto representante da Igreja, mas uma estratégia orquestrada para que o Mercosul perca sua pouca força e se transforme em um grupelho de esquerdistas festivos que tentam implantar ditaduras em diversas nações da América do Sul, como já acontece na Venezuela.

Por outro lado, com a suspensão do Paraguai, o tiranete bolivariano Hugo Chávez vê crescer a possibilidade de a Venezuela passar a integrar oficialmente o bloco. O que explica a decisão do ditador venezuelano de cortar o fornecimento de petróleo ao Paraguai, ato que fere qualquer entendimento sobre democracia.

O isolamento político-econômico que pode ser imposto ao Paraguai pelos países que integram o Mercosul, se aprovado, irá na contramão do discurso de alguns esquerdistas, que condenam pratica idêntica adotada pelos Estados Unidos em relação a Cuba. Em outras palavras, essa turma de mandatários quer provar ao mundo que a esquerda é o melhor caminho, quando é sabido que a grande eficácia do comunismo é a distribuição equitativa da miséria.