Bancos atrasam envio de dados sigilosos da Delta à CPI do Cachoeira e Onyx Lorenzoni protesta

Marcha lenta – Confirmando o que tem sido noticiado com largueza, a CPI do Cachoeira, em tese criada para investigar os tentáculos do contraventor goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cada vez mais se afasta de seu objetivo. Temendo que a divulgação de alguns dados comprometa integrantes do governo e balance a República a ponto de derrubá-la, a base aliada faz o que pode para atrasar e mascarar depoimentos, não sem antes dificultar o acesso ao banco de dados da Comissão.

Integrante da CPI, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) cobrou, mais uma vez, o envio de dados do sigilo bancário da Delta Construção à Comissão. De acordo com o parlamentar gaúcho, ainda não constam nos arquivos da CPI as informações referentes às contas da empreiteira nos bancos HSBC e Bradesco. “Faz 15 dias que cobrei esses dados. Já temos um diagrama da rota do dinheiro mês a mês das empresas Brava e Alberto e Pantoja. Mas precisamos dos dados do HSBC e Bradesco para fazer os cruzamentos das informações e fechar o modus operandi da Delta”, justificou o parlamentar.

Para Onyx Loreonzoni, os bancos citados estão descumprindo uma determinação do Banco Central e ignorando uma prerrogativa de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. “Sabemos que a Delta transferia dinheiro para várias de suas contas antes de enviar para empresas laranjas. Sem os dados pendentes a investigação fica capenga e não conseguimos fazer as conexões”, argumentou o deputado democrata.