Parte da imprensa já tenta atirar o suplente de Demóstenes Torres no escândalo de Cachoeira

Missa encomendada – A parcela amestrada da imprensa nacional continua servindo de forma obediente aos atuais donos do poder. Decidida a cassação do mandato de Demóstenes Torres, alguns jornalistas, sempre a rezar pela cartilha palaciana, lançaram no universo das especulações o fato de o suplente do agora ex-senador goiano ter algum tipo de relação com o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Engenheiro civil e empresário bem sucedido, o suplente Wilder Pedro de Morais é filiado ao Democratas e secretário de Infraestrutura de Goiás. A maledicência surgida na tarde desta quarta-feira (11) dava conta que Morais, ao assumir o mandato de senador, poderia responder a processo no Conselho de Ética por eventual ligação com Cachoeira. O único fato que liga Wilder Morais ao contraventor é que sua ex-mulher e mão dos seus filhos, Andressa Mendonça, deixou-o para viver com Carlinhos Cachoeira. Seria uma ode ao absurdo se o Cosnelho de Ética decidisse investigar Wilder Morais apenas porque seu casamento fracassou.

Essa maldade descabida, que ultraja sobremaneira a ética profissional, mostra que parte da mídia foi cooptada pelo PT para fustigar cada vez mais o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, conhecido inimigo de Luiz Inácio da Silva e alvo principal da CPI do Cachoeira. Como Morais é ligado a Perillo, o novo senador que se cuide, pois a artilharia está apenas começando.

Quando o STF derrubou a exigência do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista, os ferrenhos defensores do velho “canudo” alegaram que só os bancos escolares são capazes de proporcionar o aprendizado da ética. Pelo que se percebe, não é nessa direção que alguns festejados e diplomados jornalistas agem.