Para baixo – Em comunicado divulgado há instantes, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu reduzir a taxa básica de juros, Selic, em meio ponto percentual. Com a oitava redução consecutiva, a Selic passa a valer 8% ao ano.
Com a decisão desta quarta-feira (11), a mínima histórica foi “renovada”, ou seja, a taxa básica de juro atingiu o menor patamar já registrado pelo Banco Central desde 1986. Até o momento, a menor taxa de juro era exatamente 8,5% ao ano
Para representantes de diversos setores da economia, a redução poderia ser ainda maior. Esta é a opinião, por exemplo do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, para quem o Copom foi cauteloso. “A queda de juros é benéfica para o Brasil, portanto, essa cautela excessiva adotada pelo BC não é necessária”, afirmou em nota enviada à enviada à imprensa.
Em setembro de 2011, quando o BC começou a baixar a taxa, os interessados nos juros altos afirmavam que seria o “fim do sistema de metas de inflação e que a inflação iria sair de controle. Naquela época, a Selic era de 12,5% a.a. e a inflação projetada para 2012 era de 5,5%. Hoje, a inflação projetada para o ano está convergindo para o centro da meta, 4,5%, e a Selic está em 8% a.a.
Com a queda de quatro pontos percentuais da Selic, o governo federal deixará de pagar, em um ano, R$ 80 bilhões com juros, valor superior ao orçamento anual da Saúde. “Quem ganha com isso é o Brasil”, destacou Paulo Skaf.
China e Europa estão reduzindo as taxas básicas de juros para reanimar suas economias. A esperada retomada do crescimento da economia brasileira ainda não veio e, pelo visto, não virá no segundo semestre. Na pesquisa Focus, o crescimento do PIB vem caindo há nove semanas. A expectativa da Fiesp é de um crescimento do PIB de 1,8% em 2012 e, para a produção industrial, um crescimento de 1,1%, com a indústria de transformação recuando 0,8% no ano.
Precisamos que o governo acelere o ritmo de queda dos juros, pois este é um importante fator que poderá nos levar ao resgate da competitividade do País.