Nada na cabeça – Adepta da invencionice quando o assunto é teoria econômica, a presidente Dilma Rousseff, que à risca segue a destemperança discursiva do antecessor, ousou dizer nesta quinta-feira (12) que a grandeza de um país não se mede pelo Produto Interno Bruto. É sabido que esse discurso absurdo serve apenas como escudo para o fracasso do governo no comando da economia, mas é preciso doses mínimas de bom senso até mesmo para o mais irresponsável dos chefes de Estado, do contrário transformar-se-á em alvo de galhofa na esquina mais próxima.
Dilma tem o direito de acreditar naquilo que bem entender, a começar por teorias acadêmicas de última hora, mas é preciso reconhecer que a grandeza de uma nação está diretamente relacionada ao comportamento da economia. Com a incompetência esbanjada por Lula durante os oito anos em que ocupou o Palácio do Planalto, a economia brasileira registra desempenho vergonhoso, reflexo do ufanismo que emoldura a soberba petista. E os bravos brasileiros, se quiserem reverter o quadro atual, precisam estar preparados para pelo menos cinco décadas de esforço.
Para se ter ideia do estrago que a política econômica adotada por Lula provocou no cotidiano do País, o ucho.info lança mão de dado preocupante de um setor da indústria nacional, que nos palacianos não desperta sequer curiosidade. Conhecida como a capital mundial do boné, a cidade paranaense de Apucarana acompanha com muita preocupação não apenas o momento econômico brasileiro, mas principalmente a invasão de produtos estrangeiros em terras verde-louras, em especial dos “made in China”. Cada vez que um container de bonés (35 mil unidades) é descarregado no Brasil, não importando se de forma oficial ou oficiosa, dezessete trabalhadores do setor perdem o emprego. Outro importante pólo “boneleiro” do País está na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte, que também sofre da mesma preocupação.
Querer que a política caminhe dentro dos limites mínimos da conformidade exige que a sociedade se organize de forma adequada e se faça representar em todas as instâncias do Parlamento, sob pena de não adotando tal postura ser lembrada somente em ano eleitoral. Pode parecer uma enorme heresia, mas o suposto defensor dos interesses dos “boneleiros” paranaenses no Congresso é o deputado federal petista José Carlos Becker de Oliveira e Silva, o Zeca Dirceu, filho do deputado cassado e ex-comissário palaciano José Dirceu.
Desde que chegou à Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu pouco ou nada fez pelos “boneleiros” paranaenses, que continuam a enfrentar penúrias todos os dias. Ao que parece, o que Zeca Dirceu faz com destreza é exibir a certidão de nascimento, o que lhe garante trânsito fácil nas nebulosas coxias da política nacional. É o tal do “você sabe com quem está falando?”.
Voltando às sandices discursivas emanadas a partir do Palácio do Planalto, o melhor que a presidente Dilma poderia fazer é tentar convencer os “boneleiros” do nosso imenso Brasil que a grandeza de um país não se mede pelo PIB, teoria que na China continua valendo com muita força.
Aproveitando a coincidência do tema, o ucho.info está disposto a comprar, por preços módicos, um container de bonés nacionais para distribuir em Brasília, pois lá não faltam candidatos a colocar um exemplar na cabeça e pedir para sair. Como disse certa feita o irresponsável inventor de Dilma, “nunca antes na história deste país”.