Economia fraca e intervencionismo do Estado tiram o Brasil da mira dos investidores estrangeiros

Olhos abertos – Desde o advento da recente crise que afeta a União Europeia, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, passou a afirmar que a economia brasileira passaria ao largo desse movimento que no Velho Mundo derrubou muitos estadistas. Endossado pela atual ocupante do Palácio do Planalto, Mantega foi além e garantiu, com todas as letras, que a economia verde-loura cresceria pelo menos 4% em 2012. Mentira esfarrapada, pois as previsões de analistas econômicos mostram exatamente o contrário. O PIB brasileiro, neste ano, deve avançar no máximo 2%, o que representa um resultado além de vergonhoso.

Esse anunciado fracasso da economia nacional já traz consequências severas ao país, que saiu do alvo dos investidores internacionais. A largueza da preocupação se explica pelo fato de que a economia dos Estados Unidos tem previsão de crescimento de 2%, em 2012, enquanto a do Brasil tem apostas abaixo desse índice. Entre os países desenvolvidos, a economia dos EUA é a que registrará o maior avanço. Já a outrora Terra de Santa Cruz deve ter o pior desempenho entre os BRICS, os chamados países emergentes.

A decisão dos investidores de adotarem cautela em relação ao Brasil não pode ser creditada apenas ao fraco desempenho da economia, que foi falsamente blindada pela soberba de alguns petistas que continuam acreditando que são herdeiros de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa. Esse recuo em termos de investimentos estrangeiros se deve também ao papel intervencionista assumido pelo governo brasileiro desde a chegada de Dilma Rousseff ao poder central. A preocupação dos investidores internacionais se justifica, pois na “esquerdizada” América do Sul há um sem fim de casos em que o Estado expropriou ativos privados, como se o dinheiro alheio fosse mercadoria descartável.

Nesse cenário de ininterrupta apreensão, causa espécie o fato de até agora nenhum petista ter vindo a público criticar a amaldiçoada herança deixada por Luiz Inácio da Silva, o populista companheiro Lula, que ao mundo vendeu uma bolha de virtuosismo que vem estourando e provocando estragos vários.