Prefeito do Rio de Janeiro sofre pressão para tirar do Engenhão o nome do enrolado João Havelange

Pia batismal – Depois de deixar o Comitê Olímpico Internacional (COI), alegando problemas de saúde, o ex-presidente da FIFA, João Havelange, 96 anos, está sendo pressionado para renunciar ao cargo de presidente de honra da entidade máxima do futebol. A Justiça suíça, após muitas chicanas jurídicas por parte dos envolvidos no esquema de corrupção patrocinado pela falida ISL Marketing, liberou os documentos que provam que Havelange e seu ex-genro, Ricardo Teixeira, receberam o equivalente a R$ 29 milhões em propina na década de 90.

No rastro do escândalo da ISL surgiu um movimento que cobra do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a mudança do nome oficial do Estádio do Engenhão, que leva o nome de João Havelange. A pressão tem sido exercida principalmente por esquerdistas, que querem rebatizar a arena esportiva com o nome do comunista João Saldanha, defenestrado do comando da seleção brasileira em 1970, por ordem do então presidente Emílio Garrastazu Médici.

Para evitar surpresas futuras, o melhor que Eduardo Paes pode fazer é escapar do viés político e dar ao “Engenhão” o nome de algum futebolista de destaque e que tenha contribuído para o esporte nacional. Essa mania de homenagear políticos ou pessoas ligadas à área é colocar a homenagem no fio da navalha. Já basta o campo de petróleo que foi batizado com o nome do presidente Lula.