Leitor erra ao entender que cobrar do PSDB mais segurança em SP é ajudar o Partido dos Trabalhadores

Não merecemos – Mais uma vez interrompemos os compromissos para defender o trabalho que desenvolvemos de forma incontestavelmente séria e também em respeito aos leitores, seguidores e colaboradores. E assim faremos quando preciso.

Como é de conhecimento público, no ucho.info não se faz jornalismo de encomenda e muito menos se tergiversa diante dos fatos. Escrevemos calcado na lógica e na coerência, sem privilegiar quem quer que seja. Há dias fomos acusados novamente de ser contra o governo de São Paulo, apenas porque criticamos a insegurança pública que domina a maior cidade brasileira. Cobramos do governador Geraldo Alckmin uma solução para a escalada do crime, pois assim que devem agir jornalistas comprometidos com a sociedade. Não pautamos o nosso cotidiano profissional por essa ou aquela ideologia, até porque continuamos acreditando que o papel maior do jornalista é não apenas noticiar os fatos, mas defender o cidadão das mazelas do Estado. E assim fazemos com a leveza da consciência.

O fato de o PT representar uma ameaça contínua não nos impede de criticar os erros cometidos por governantes filiados a partidos adversários. Uma coisa é discordar com veemência das barbaridades cometidas por petistas e apaniguados, outra é ser conivente com tropeços de adversários do PT, apenas porque desejamos ver longe esses falsos paladinos da moralidade. É preciso que cada um dos que nos criticam entenda que o jornalismo praticado pelo ucho.info já ingressou na seara do ativismo. Cá não estamos para destilar feitos, mas sabemos exatamente o que foi feito em prol do Brasil e dos brasileiros. E podemos garantir que não foi pouco.

Quem nos acusou é notoriamente contra o PT, legenda que sempre mereceu nossas críticas não por contradições ideológicas, mas pelas lambanças que tem patrocinado nos últimos dez anos. Acusar-nos de criticar apenas o governo paulista, alegando que deveríamos fazer as mesmas cobranças ao governador do Rio de Janeiro, é deslealdade, pois uma rápida pesquisa na base de dados do ucho.info fica comprovado que não nos apequenamos diante das barbaridades que ocorrem na seara de Sérgio Cabral Filho.

As acusações disparadas em nossa direção ocorrem no momento em que a queda de braços entre o PSDB e o PT, à sombra da disputa pela prefeitura da capital paulista, se acirra cada vez mais nos bastidores. Esse incremento na briga se explica pelo fato de o PT querer avançar em seu projeto de poder, cujo perigo apontamos de forma insistente desde 2003. Compreendemos o descontentamento e o temor de milhões de brasileiros em relação aos que atualmente estão no poder central, mas não nos coube colocá-los onde estão. Isso se deu por meio de um processo democrático, mesmo que o antes e o depois não tenham merecido as mesmas doses de democracia.

Respeitamos o direito ao contraditório e sempre fazemos das críticas uma oportunidade para melhorar, mas não podemos aceitar uma acusação infundada de alguém que prefere abrir mão dos seus direitos para ejetar um partido do poder. Há como promover mudanças sem ser leviano com aqueles que lutam diuturnamente pelo País e pelos conterrâneos. A consciência tranquila nos dá o direito de rejeitar esse tipo de acusação, mas seria um desrespeito com o acusador ignorá-lo.

Não podemos ficar calado diante de sequestros, arrastões, mortes, roubos e furtos de veículos e outros tantos crimes apenas porque o PT intenta permanecer no poder, apesar de tantos escândalos de corrupção e amostras de incompetência. Como mencionado acima, não com o silêncio obsequioso que se muda um país com tantos problemas e diferenças. A sociedade só será melhor quando for consciente de seus direitos.

Não aceitamos a acusação de que cobramos do governador Geraldo Alckmin um policial em cada esquina da cidade de São Paulo. O que fizemos foi, e continuará sendo, sobrar por um sistema de segurança pública à altura do que nos é cobrado de impostos, sempre lembrando que a Constituição Federal concede a cada brasileiro esse e outros tantos direitos diuturnamente vilipendiados.