O tempo é implacável – Dias antes de deixar o governo, depois de oito anos de desastres administrativos e seguidos escândalos de corrupção, Luiz Inácio da Silva, o profético Lula, abusou da bazófia e disparou: “Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise, quando eles sabiam tudo para resolver os problemas da crise brasileira, da crise da Bolívia, da crise da Rússia, da crise do México”.
Na ocasião, Lula quis dar a entender que a suposta pujança da economia brasileira era de responsabilidade de um torneiro mecânico que saiu do agreste pernambucano e que jamais teve simpatia pelo trabalho, mas, sim, foi um cooptado pela ditadura militar que cresceu à sombra da manipulação do general Golbery do Couto e Silva, então chefe da Casa Civil nos governos de Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo.
Que Lula é um embusteiro profissional todos sabem, mas causa espécie o fato de petistas silenciarem diante da crise econômica que toma conta do País e compromete sobremaneira a vida dos cidadãos, cada vez mais endividados e inadimplentes por causa das promessas e dos pedidos do irresponsável ex-metalúrgico. O que Lula fez com maestria foi lançar ao vento uma bolha de virtuosismo com direito a repetidos estouros, os quais não devem acabar tão cedo.
Quando aciona o seu conhecido besteirol, Lula fala para incensar a si mesmo e também para defender o esquerdismo falido e obsoleto que avança na América Latina, movimento que coloca em risco o futuro de milhões de pessoas em parte do continente. Atacar países capitalistas é uma ordem do governo de Cuba que todo esquerdista fracassado cumpre sem questionamentos. Acontece que a esquerda, que sempre se apresenta como a única salvação do planeta, se especializou ao longo do tempo em duas frentes distintas: chafurdar nas benesses do poder e socializar a miséria. E Lula mostrou-se competente nesses dois quesitos, assim como em outros também.
Muito se fala sobre distribuição de renda no Brasil, mas o que se vê é um contingente cada vez maior de brasileiros endividados e com contas atrasadas. Esses incautos, que ainda acreditam que crédito fácil é sinônimo de riqueza, não sabem o que os espera mais à frente.
Apresentada ao eleitorado como uma garantia de continuidade, a neopetista Dilma Vana Rousseff prefere manter o folclore de ser uma pessoa de poucas palavras, pois só assim escapa das necessárias cobranças a respeito da economia brasileira, que para Guido Mantega, não faz muito tempo, escaparia das turbulências da crise internacional.
Considerando que a correção do estrago provocado por Lula exigirá cinco décadas de esforço dos brasileiros, o melhor é começar a faxina o quanto antes.