Trabalhador não pode comer um pãozinho e uma mexerica por dia, mas governo aposta no consumo

Cardápio indigesto – Recheado de integrantes de competência duvidosa, o governo federal continua apostando no inusitado, em milagres de última hora quando o assunto é a recuperação da economia, que sofre as consequências da crise internacional e do populismo barato do ex-presidente Lula.

Crente de que é possível mais uma vez empurrar o endividado e pobre povo brasileiro ao consumo irresponsável, como forma de reverter os efeitos da crise que abala vários países ao redor do planeta, o staff do governo da presidente Dilma Rousseff está longe de saber a dura realidade do cotidiano.

Com dois terços da população recebendo menos de dois salários mínimos mensais, sobreviver em um país onde os preços não param de subir é uma luta insana. Em qualquer lugar que se vá a reclamação é sempre a mesma. A alta dos preços de produtos e serviços.

O trabalhador brasileiro que recebe salário mínimo não pode se dar ao luxo de comer um pãozinho e uma mexerica todos os dias, pois se assim o fizer comprometerá o dinheiro do mês. Esse cardápio que pouco alimenta exigirá desse ousado cidadão o desembolso de R$ 39 mensais, o que representa 6,27% do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 622. Em qualquer padaria da capital paulista um pãozinho custa R$ 0,65. Igual é o valor de uma mexerica no Ceagesp, maior centro de distribuição de alimentos da América Latina.

Se a exatidão dos números não permite que a matemática minta sobre a realidade do dia a dia, a pirotecnia oficial serve para travestir as inverdades de um governo que se alimenta no cocho da mitomania. Ou os brasileiros reagem, ou o Brasil em breve será uma versão agigantada de Cuba.