Importação de gasolina impulsiona prejuízo da Petrobras, mas governo federal evita incentivos ao etanol

Na contramão – Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster participou na segunda-feira (6) da apresentação dos resultados da empresa no segundo trimestre do ano, período em que foi registrado prejuízo de R$ 1,3 bilhão, o primeiro desde 1999.

Na esteira de uma frase contundente – “Sou Petrobras, não sou governo” –, Maria das Graças Foster disse que vem cobrando sistematicamente aumentos para a gasolina, que em função da demanda tem sido importada e vendida no mercado interno pro preço subsidiado, situação que colaborou sobremaneira para o prejuízo da empresa. Outro fator que contribuiu para os números negativos da petrolífera brasileira foi a cotação do câmbio, que afeta as importações.

A resistência do governo da presidente Dilma Rousseff em aceitar os pedidos de aumento de preço da gasolina encontra explicação no fato de as autoridades estarem perdendo continuamente a guerra para a inflação, um dos mais temidos itens da amaldiçoada herança deixada por Luiz Inácio da Silva, que continua posando como a derradeira solução do planeta.

Graça Foster, assim gosta de ser chamada a presidente da Petrobras, afirma que acredita que a empresa ainda terá bom desempenho no restante do ano. “Tenho extrema confiança de que alcançaremos resultados prósperos ao longo do ano. Muito mais do que isso, eu acredito na companhia que estou conduzindo. Temos pessoal qualificado, sabemos trabalhar e nossas reservas são absolutamente verdadeiras e legítimas. Estamos trabalhando muito forte e dedicadamente para melhorar a rentabilidade da nossa companhia”, disse Foster.

Enquanto a Petrobras trabalha de forma árdua e intensa para reverter os números, sempre com base na exploração e comercialização de combustíveis fosseis e poluentes, o governo federal insiste em não dar incentivos à produção do etanol, o saudoso álcool combustível, um produto nacional, de fonte renovável e não poluente.

Quando o ucho.info afirma que ao governo do PT falta doses mínimas de planejamento, pois uma nação não pode viver à sombra de medidas populistas e de efeito imediato, mas sim de ações de longo prazo – pelo menos cinquenta anos – a esquerda verde-loura entra em polvorosa e parte para o ataque. É preciso coerência ao analisar as críticas e também as ações do governo, que continua sem mostrar a que veio.